quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Amantes visita: Tudo Brechó.

Sabe quando você sempre passa na frente de um lugar que deseja entrar  mas nunca tem tempo livre  suficiente para conhecer o lugar?
Parece estar sempre correndo, mas heis que surge aquele dia em que se está alguns minutinhos adiantada, aquele dia que o ônibus passa rápido e chega-se antes do programado, aquele dia em que se acorda mais cedo... e que incrível: você finalmente vai entrar naquele lugar que deseja.
Pois bem, isto aconteceu hoje comigo e pude finalemte fazer uma breve visita ao  Tudo Brechó, um espaço que fica na Avenida Alfonso Bovero nos números 1410/1418.
E não é que este pequeno desvio no meu trajeto mudou muito o curso do meu dia, e cheguei no meu destino final radiante, pois o espaço é bem legal, organizado e os preços são em conta, não vi nada exorbitante, pelo contrário, o forte da casa são os móveis incríveis de madeira, tanto fabricados como alguns antigos garimpados, é possível fazer sob encomenda caixotes de madeira que servem como estante, ou prateleira, pra quem tem preguiça e não faz o estilo "do it yourself" é uma boa.
Outra coisa que me chamou a atenção foi a parede de bolsas, uma mais bela que a outra.
Quem me recebeu foi o senhor Vinícius, de maneira muito simpática por sinal e fez questão que eu tirasse uma fotografia de um gramofone  exposto na loja.  Conversamos um pouco e terei mais algumas fotografias do Brechó, desta vez me contive e não comprei nada, mas em uma próxima visita com mais calma comprarei algo com certeza, fica a dica!

        


domingo, 29 de agosto de 2010

A Estética de Brechó


Amantes de Brechó é um espaço reservado para difundir e celebrar temas que envolvem o que chamo de Estética de brechó, compreendo portanto que brechó é um estado de espírito, um modo de existir e não necessariamente um espaço físico destinado a venda de objetos e roupas usadas.
A Estética de Brechó relaciona-se ao sentimento de admiração e contemplação de objetos, roupas, pessoas, traquejos no modo de vestir-se das pessoas que perambulam pela cidade, enfim ,o olhar do fluxo criativo que emerge do simples ato de compor a "roupa nossa de cada dia".
Além de relacionar-se com uma maneira saudável de consumo, reutilizando aquilo que já pertencera a outro,  reinventando as formas das roupas,  brincando com o estilo de cada década, misturando, adequando peças ao seu estilo, fazendo com que haja a circulação das coisas do mundo, não estocando aquilo que não utiliza mais, sequer guardando e ocupando espaço para aquilo que se quer possuir apenas porque "é uma peça clássica e incrível", eu já caí nesta, mas acredite: ver esta peça incrível que você guarda tanto em outra pessoa querida que ficará muito feliz com o presente é bastante compensador.
Abra o coração, as gavetas e as portas dos armários e deixe sair o que está parado e faça o novo entrar, aceite este convite para reinventar o seu cotidiano a partir de coisas simples e corriqueiras.
Permita-se ousar !!!

Na fotografia acima, minhas maiores inspirações: minha avó Paula em seu vestido de bolinhas, minha tia Dalva com seu vestido acinturado e a pequena Vera Lúcia de casquete e vestido de crochê, minha mãe. 

terça-feira, 29 de junho de 2010

A Grande Família

Se na televisão aberta existe um programa que abusa dos figurinos vintage, este programa definitivamente é o seriado A Grande Família exibido pela Rede Globo, vide esta camisa com estampa de pele de leopardo da Marilda na foto acima.
Cada personagem expõe a seu modo uma vitrine de uma década específica, não existe uma linearidade histórica na construção indumentária e notável é o fato de que o personagem Agostinho é o mais caricato com suas combinações entre calças e camisas xadrezes de tamanhos e cores diferentes.
Na verdade todo o universo suburbano que é reproduzido pela série me encanta, desde os azuleijos da cozinha da Dona Nenê, sem esquecer da clássica jarra em formato de abacaxi até os detalhes da Pastelaria do Beiçola ou o salão da Marilda.


O figurinista responsável pela produção é o Cao Albuquerque, que assinou entre outros, figurinos de programas como: Armação Ilimitada, TV Pirata e Comédia da Vida Privada.
Segundo difinição do próprio figurinista: "Fiz um subúrbio mais kitsch, (termo que significa fazer um uso criativo de algo que foi tendência no passado) sem necessariamente situar o figurino em algum tempo específico,  a inspiração para as estampas xadrezes e camisas exageradas de Agostinho, por exemplo, vem dos anos 70. Os decotes de Nenê, mais comportados, são dos anos 50. Já a alinhada Marilda vive com vestidos de padrões geométricos e muito brilho setentista do lurex. Enquanto Bebel e Tuco são as vitrines das tendências atuais, das ruas"

Acervo de algumas peças do seriado.
O depoimento de Cao Albuquerque sobre seu trabalho em A Grande Família pode ser visto na íntegra no seguinte link: Entrevista com Cao Albuquerque