quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Amantes Visita: Central de Produção Chico Giacchieri


Não se trata de um brechó, mas bem que poderia ser...

Mês passado tive a oportunidade de visitar a Central de Produção Chico Giacchieri do Teatro Municipal  de São Paulo, um enorme galpão na zona norte de São Paulo próximo ao metrô Tietê que guarda entre outras coisas, todos os figurinos das peças e óperas apresentadas no Teatro Municipal de São Paulo.
A tarde seguiu deliciosamente neste mergulho aos figurinos de décadas variadas, no local não é permitido fotografar, (o que justifica a foto tosca que ilustra esta postagem, resultado de uma busca de imagens ) mas a visita vale muito a pena por conta da quantidade absurda de peças variadas e incríveis, ótimo para quem se encantou com alguma peça e deseja ver de perto os figurinos, uma visita que abre os poros para a criação, traz inspiração, tecidos, texturas, estampas, personagens...realmente um universo único, uma visita que me fez desligar-se momentaneamente da vida cotidiana e adentrar a magia da composição indumentária de um personagem que permeiava aqueles corredores abarrotados de figurinos, alguns usados na década 60 que nunca mais serão vestidos novamente.
De fato uma visita altamente recomendável: Rua Paschoal Ranieri, 75 é necessário agendar a visita por telefone: 33260186 falar com as agradáveis Marcela e Eliza.




domingo, 28 de novembro de 2010

Amantes Visita: Brechó Luxury

Nesta semana fiz uma visita ao Luxury que fica na Rua Afonso Pena, 45 - Bom Retiro (perto do metrô Tiradentes)
Quem me recebeu muito atenciosamente foi a Adriana,  a dona do brechó, passei por lá para fazer umas troquinhas, o sistema de trocas de lá é bem legal, é só levar 30 peças variadas entre roupas, acessórios e sapatos daí ela escolhe as que mais interessam e troca por dinheiro ou em peças do brechó, é uma boa opção para quem está precisando liberar um pouco de espaço e se desfazer de coisas que não usa, é necessário ligar para agendar as trocas (011)3229-7736, já fiz isso duas vezes e aprovo o sistema.
O forte deste brechó são as grifes e as peças contemporâneas, o espaço é bastante organizado e as roupas limpas e em perfeito estado, existem muitos sapatos também.
A visita vale a pena por conta da organização as roupas são separadas por tipo e cor e a seleção das peças é boa também todas são identificadas por etiquetas exclusivas do brechó, bom para quem tem um estilo contemporâneo mas deseja exclusividade.
Uma das coisas que mais gostei foram os acessórios de flores feitos por uma artista que frequenta o brechó, um mais lindo que o outro.
O blog é esse aquí: LUXURY

  fotografias:

 Maleta com acessórios
 Arara de roupas separadas por cores.
 Fachada e vitrine do brechó.
 Lindos acessórios de flores.
 Detalhe da decoração.
 Bolsas.

Muitos sapatos.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Amantes Visita: Brechó Tunel do Tempo


Sexta feira, 19 de Novembro, após expediente, aproximadamente às 18h, lá vou eu em mais uma missão: conhecer o Brechó Túnel do Tempo que fica na Rua Major Maragliano 387 na Vila Mariana.
Ao chegar, de cara uma surpresa: o local não é um brechó que tem um bar chamado Cacharrel conforme havia visto no site,  mas o contrário: um bar que tem  um microbrechó, e que estava bastante cheio por sinal, na região existe uma faculdade e o bar fica lotado do povo da faculdade, o que ao meu ver, tira um pouco do glamour do local, na verdade o horário não ajudou muito, cheguei bem nos momentos que antecedem as aulas, talvez em outros horários seja diferente, mas estou aqui pra contar o que vejo, falar a real dos locais visitados e principalmente: dar dicas.
O lugar em si vale a visita por conta da decoração faz jus ao nome, de fato te transporta para um túnel do tempo, o bar é charmoso e a música é boa,  (muito boa mesmo, palmas pro atendente do bar que as escolhe, quem tem groove tem tudo!) no entanto, eles não atualizam o cardápio, pedi uma porção de queijo no palito e ovo de codorna pra entrar logo no clima kitsch-samba-roque- do lugar mas a porção não estava lá essas coisas e no cardápio estava por 2 reais (motivo de espanto para mim e meu acompanhante) na verdade custava 9, e só fiquei sabendo disso na hora de passar o cartão : ( 
No fundo escurinho do brechó tem um salão com sofás e uma mesa de sinuca, no andar de cima ficam os banheiros e uma espécie de sala expositiva, que nesta data abrigava uma exposição de fanzines.
Mas o grande lance é: no lugar havia apenas uma arara de roupas com umas 20 peças ... achei estranho, na verdade acho que a galera vai mais lá  para tomar cerveja mesmo, comemorar aniversário, jogar sinuca e como este blog não é um guia de bares e sim de brechós...ponto negativo pra eles, vai ver o bar bombou tanto que desencanaram  de investir no brechó.
Vale pra quem quer dar uma voltinha, ouvir boa música, mas não pra quem quer comprar roupas e acessórios, outro detalhe que chamou a atenção: definitivamente a foto no mínimo enigmática do Francisco Cuoco que fica presa em um espelho a te olhar fixamente o tempo todo, passa lá e me conta o que achou, abaixo, mais uma em homenagem a esta fase do ator:


O site não informa muito, mas é este aquí olha só:
Site Brechó Túnel do Tempo


domingo, 14 de novembro de 2010

Amantes visita: Armário da Vizinha.

Aproveitando o fim de semana pra passar em alguns brechós, na sexta fui ao Armário da Vizinha que fica  em uma rua escondidinha no bairro da Pompéia, na rua Engenheiro Francisco Azevedo, 65.
A visita vale a pena por conta da organização do lugar, que tem uma sala masculina, uma parte infantil, uma sala de bolsas, uma área de sapatos e uma salinha de roupas de grifes.
Nesta visita especificamente me chamou a atenção o grande número de camisolinhas e vestidinhos de vó com estampas clássicas de bolinhas, coraçõezinhos, etc... mesmo que o vintage não seja o forte deste brechó, é possível garimpar algumas peças.
Quem me recebeu foi a Chris dona do Brechó, segue as fotos:

Arara das camisolinhas fofas de vovó.
Geral do Brechó.

 
  Fachada do Brechó.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Amantes visita: Tudo Brechó.

Sabe quando você sempre passa na frente de um lugar que deseja entrar  mas nunca tem tempo livre  suficiente para conhecer o lugar?
Parece estar sempre correndo, mas heis que surge aquele dia em que se está alguns minutinhos adiantada, aquele dia que o ônibus passa rápido e chega-se antes do programado, aquele dia em que se acorda mais cedo... e que incrível: você finalmente vai entrar naquele lugar que deseja.
Pois bem, isto aconteceu hoje comigo e pude finalemte fazer uma breve visita ao  Tudo Brechó, um espaço que fica na Avenida Alfonso Bovero nos números 1410/1418.
E não é que este pequeno desvio no meu trajeto mudou muito o curso do meu dia, e cheguei no meu destino final radiante, pois o espaço é bem legal, organizado e os preços são em conta, não vi nada exorbitante, pelo contrário, o forte da casa são os móveis incríveis de madeira, tanto fabricados como alguns antigos garimpados, é possível fazer sob encomenda caixotes de madeira que servem como estante, ou prateleira, pra quem tem preguiça e não faz o estilo "do it yourself" é uma boa.
Outra coisa que me chamou a atenção foi a parede de bolsas, uma mais bela que a outra.
Quem me recebeu foi o senhor Vinícius, de maneira muito simpática por sinal e fez questão que eu tirasse uma fotografia de um gramofone  exposto na loja.  Conversamos um pouco e terei mais algumas fotografias do Brechó, desta vez me contive e não comprei nada, mas em uma próxima visita com mais calma comprarei algo com certeza, fica a dica!

        


domingo, 29 de agosto de 2010

A Estética de Brechó


Amantes de Brechó é um espaço reservado para difundir e celebrar temas que envolvem o que chamo de Estética de brechó, compreendo portanto que brechó é um estado de espírito, um modo de existir e não necessariamente um espaço físico destinado a venda de objetos e roupas usadas.
A Estética de Brechó relaciona-se ao sentimento de admiração e contemplação de objetos, roupas, pessoas, traquejos no modo de vestir-se das pessoas que perambulam pela cidade, enfim ,o olhar do fluxo criativo que emerge do simples ato de compor a "roupa nossa de cada dia".
Além de relacionar-se com uma maneira saudável de consumo, reutilizando aquilo que já pertencera a outro,  reinventando as formas das roupas,  brincando com o estilo de cada década, misturando, adequando peças ao seu estilo, fazendo com que haja a circulação das coisas do mundo, não estocando aquilo que não utiliza mais, sequer guardando e ocupando espaço para aquilo que se quer possuir apenas porque "é uma peça clássica e incrível", eu já caí nesta, mas acredite: ver esta peça incrível que você guarda tanto em outra pessoa querida que ficará muito feliz com o presente é bastante compensador.
Abra o coração, as gavetas e as portas dos armários e deixe sair o que está parado e faça o novo entrar, aceite este convite para reinventar o seu cotidiano a partir de coisas simples e corriqueiras.
Permita-se ousar !!!

Na fotografia acima, minhas maiores inspirações: minha avó Paula em seu vestido de bolinhas, minha tia Dalva com seu vestido acinturado e a pequena Vera Lúcia de casquete e vestido de crochê, minha mãe. 

terça-feira, 29 de junho de 2010

A Grande Família

Se na televisão aberta existe um programa que abusa dos figurinos vintage, este programa definitivamente é o seriado A Grande Família exibido pela Rede Globo, vide esta camisa com estampa de pele de leopardo da Marilda na foto acima.
Cada personagem expõe a seu modo uma vitrine de uma década específica, não existe uma linearidade histórica na construção indumentária e notável é o fato de que o personagem Agostinho é o mais caricato com suas combinações entre calças e camisas xadrezes de tamanhos e cores diferentes.
Na verdade todo o universo suburbano que é reproduzido pela série me encanta, desde os azuleijos da cozinha da Dona Nenê, sem esquecer da clássica jarra em formato de abacaxi até os detalhes da Pastelaria do Beiçola ou o salão da Marilda.


O figurinista responsável pela produção é o Cao Albuquerque, que assinou entre outros, figurinos de programas como: Armação Ilimitada, TV Pirata e Comédia da Vida Privada.
Segundo difinição do próprio figurinista: "Fiz um subúrbio mais kitsch, (termo que significa fazer um uso criativo de algo que foi tendência no passado) sem necessariamente situar o figurino em algum tempo específico,  a inspiração para as estampas xadrezes e camisas exageradas de Agostinho, por exemplo, vem dos anos 70. Os decotes de Nenê, mais comportados, são dos anos 50. Já a alinhada Marilda vive com vestidos de padrões geométricos e muito brilho setentista do lurex. Enquanto Bebel e Tuco são as vitrines das tendências atuais, das ruas"

Acervo de algumas peças do seriado.
O depoimento de Cao Albuquerque sobre seu trabalho em A Grande Família pode ser visto na íntegra no seguinte link: Entrevista com Cao Albuquerque